Pesquisadores Colaboradores

Colaboradores

 Joana Corrêa. (Doutora pelo PPGSA/IFCS). 

contato: joana.correa1978@gmail.com

Antropóloga e gestora. Doutora (2018) e Mestre (2013) em Antropologia (PPGSA/UFCS/UFRJ). Lecionou na Pós-graduação de Arte e Tecnologia e coordenou o curso de formação em Assistente de Produção Cultural do NEAD/IFNMG/Diamantina. Integrou a coordenação do processo de registro do fandango caiçara como patrimônio brasileiro pelo IPHAN (2008-2012). Organizou em parcerias os livros Enlaces: estudos de folclore e culturas populares (2018); Na Ponta do Verso: poesia de improviso no Brasil (2008) e Museu Vivo do Fandango (2006).  Este último resulta de densa pesquisa que abrangeu cinco municípios do litoral sul e sudeste do Brasil. Essa pesquisa, realizada com ampla participação dos grupos envolvidos,  foi reconhecida como Boa Prática em Salvaguarda pelo Comitê Internacional do Patrimônio Imaterial da Unesco (2011).

 Projeto de pesquisa: História, dos trânsitos e das apreensões sociais dos Vissungos ao longo dos séculos XX e XXI.

 A pesquisa desdobra a tese de doutorado “No Rosário tem cuenda: vida e morte nos Reinados em Minas Gerais” (2018), na qual os vissungos, cantos em língua africana de origem Bantu  se fazem presentes em alguns grupos de congado das festas de Nossa Senhora do Rosário no Serro. Os vissungos são apreendidos como cantos de travessia  afro-atlântica relacionados ao interesse nacional e internacional acerca do africanismo diaspórico presentes em Minas Gerais e na música negra no Brasil. Juntamente com Luciano Mendes de Jesus (USP/Ponte Elemento Per, Santo André/SP), Oswaldo Giovannini Jr. (Avaedoc/UFPB ), Rudá K. Andrade (PUC-SP), Victoria Broadus (Georgetown University), busca-se pesquisar a história dos trânsitos, das apreensões sociais e ações culturais em torno do Vissungo ao longo dos séculos XX e XXI.

 

 

Ricardo José Barbieri (Doutor pelo PPGSA/IFCS)

contato: delezcluze@gmail.com

Doutor em Antropologia Cultural (PPGSA/IFCS/UFRJ) com a tese “Manaus: a cidade e suas escolas de samba” (2016). Autor do livro A Acadêmicos do Dendê quer brilhar na Sapucaí (2012). Seus focos de interesse são a antropologia urbana e dos rituais festivos, com interface com os recursos tecnológicos de comunicação remota. Suas pesquisas abordam o carnaval das escolas de samba no Brasil e os Bumbás de Parintins, Amazonas.

 Projeto de pesquisa: 

Bovinosfera: A sociabilidade digital no Bumbás de Parintins no Amazonas

A pandemia interrompeu a continuidade do calendário anual das celebrações populares tradicionais, que se viram obrigadas a adaptar-se à forma remota de realização diante das restrições e impedimentos necessários aos cuidados de saúde pública. Durante os dois anos consecutivos sem realização de uma disputa competitiva entre os Bumbás Caprichoso e Garantido,  as apresentações e iniciativas realizaram-se sem presença de público e pude acompanhar as adaptações dos Bumbás em luta para manter a continuidade de seu ciclo ritual. Nesse período, houve um incremento na presença das agremiações na internet. A cada live uma série de torcedores e brincantes manifestavam sua identificação com um dos bois através de doações, cliques e hashtags. Houve uma explosão na quantidade de conteúdos relacionados à memória afetiva e histórica do Festival, aos debates sobre seu formato e pertencimento aos bois.  A pesquisa pretende mapear e dar continuidade à observação e análise dessa presença virtual, examinar sua dinâmica e avaliar de que forma estas transformações afetam a dinâmica da brincadeira. Trata-se de explorar uma nova e ativa forma de sociabilidade entre os torcedores dos Bumbás que ganhou o nome de “bovinosfera”.