Projetos

Conteúdos

Etnografia, narrativa e ficção. A antropologia em perspectiva

Em andamento

A pesquisa, a escrita e a leitura das conhecidas etnografias têm caracterizado a singularidade da antropologia no contexto das ciências humanas e sociais.

Este projeto enfoca o potencial cognitivo da prática etnográfica operando com distintas concepções e usos da etnografia, examinando diversas vertentes teóricas e diferentes estilos autorais e distintas sensibilidades leitoras.

A partir dos debates contemporâneos, de contribuições históricas e da perspectiva dita pós moderna, empreende-se o estudo da articulação entre escrita etnográfica e teoria antropológica na obra de Clifford Geertz; das diferentes formas de articulação entre folclore e etnografia na obra de Mário de Andrade; e acerca do uso da etnografia  na escrita literária tendo por foco o romance Luzia Homem (1903) de Domingos Olympio.

Observatório antropológico: grandes e pequenas festas na pandemia Covid-19

Projeto finalizado

Como passar dois anos sem festejar? Como não passear pelas ruas das cidades, não ocupar praças, adros e terreiros, não compartilhar a brincadeira ou a devoção, não pagar promessa, cantar e dançar juntos? Reunindo um expressivo grupo de pesquisadores, A falta que a festa faz,organizado pelas antropólogas Maria Laura Cavalcanti e Renata Gonçalves, traz 21 registros de como as grandes e pequenas festas do calendário popular tradicional lidaram com a excepcionalidade do período pandêmico de 2020 e 2021. 

A falta que a festa faz: celebrações populares e antropologia na pandemia
Maria Laura Cavalcanti, Renata de Sá Gonçalves, (org.)
Rio de Janeiro: Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2021.
Dados eletrônicos (Série Livros Digital, 23). 337p. 
ISBN 9786557290095
Livro gratuito disponível em:
https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/15837

Etnografia e folclore no Modernismo brasileiro: a contribuição de Mário de Andrade

Em andamento

2022 comemora o centenário do Movimento Modernista cujo impacto na vida cultural brasileira ressoa até nossos dias. O Modernismo promoveu a busca pela originalidade cultural em todos os domínios das artes, enfatizando o papel das tradições populares como parâmetros valiosos para essa busca criativa. Entre os anos 1920-1940, Mário de Andrade assumiu a tarefa de conhecer e investigar sistematicamente as tradições populares então contemporâneas. Sua determinação apaixonada levou-o a entrar em contato direto com as “fontes populares”  e ganhou vida própria em meio aos temas literários e musicais que moldam as tendências centrais de sua obra. Os textos que produziu nesse período indicam   a autonomia da pesquisa folclórica. Constituiram valiosos registros de saberes e expressões e revelam sua ambição estudiosa. O exame de três ensaios chaves – Musica de Feitiçaria no Brasil (1983[1932]), Danças dramáticas no Brasil (1982 [1944]) e Samba rural paulista (1937) fornecem os eixos analíticos  para o estudo do dos significados do par etnografia e folclore em sua obra.